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A utilização da Engenharia de Produção para o retorno do crescimento do país, uma analogia com o futebol.

Com um mercado cada vez mais pulverizado e competitivo a nível global, as empresas necessitam estar preparadas para atuar no enfrentamento da demanda global e por consequência, manter-se atentas ao fato de que não é só a demanda que é global, mas também os seus concorrentes, que hoje são players globais inseridos em qualquer local do globo terrestre. Sendo assim, o fator local de compra e de fabricação são apenas duas variáveis no complexo sistema de produção. A corrida pela busca da melhoria contínua em seus processos deve ser um combustível propulsor para que as empresas inovem e compitam com seus concorrentes em nível de igualdade, tanto no mercado nacional como no internacional, e hoje isso é possível e mandatório, pois com o fortalecimento do dólar e a queda do real nos mercados financeiros . O que resta para nossas empresas é buscar ser mais competitivas a nível global e desta forma se inserir no cenário internacional como provedores de produtos de qualidade e com preços competitivos, sendo assim não existe outra forma de competir no mundo globalizado se não tivermos nossos processos produtivos com um nível aceitável de eficiência operacional, o que reforça ainda mais a importância do controle da produção, o que é ainda mais relevante no cenário que estamos, onde a busca pelo ótimo global deverá ser uma premissa para que nossas empresas se insiram no competitivo mercado internacional, colaborando para a retomada do crescimento do país, aumentando o PIB e gerando empregos para a nossa população.

Infelizmente nos momentos de crise política e econômica em que o país está vivendo, nossos empresários buscam a redução dos custos naquilo que é mais simples de ser feita que é a demissão de seus funcionários, não buscam a inovação em seus processos e produtos e muito menos são arrojados e buscam novas alternativas de mercado, buscam apenas culpar o governo e demitir seus funcionários.  O que deveria ser feito era justamente o contrário, novos mercados geram novos postos de trabalhos, novas receitas, mais ao invés disso utilizam a receita do medroso e mexe naquilo que é mais fácil de ser feito. Para quem gosta de futebol aqui vai uma analogia para este momento atual, digamos que o nosso time está perdendo de 2 x 0, e ao invés de colocarmos nosso time para frente, fizemos justamente o contrário, tiramos nossos atacantes e colocamos zagueiros, pois não queremos levar mais gols, mas sabemos que estas medida também não irão fazer nosso time ganhar, apenas perder de maneira mais digna, quando se demite um funcionário é exatamente assim que o empresário pensa, vou reduzir meu custo, resolve o problema de curto prazo (caixa), mas não está pensando em tentar sair da crise e vencer a partida (médio e longo prazo). Deveria ser ousado e aplicar inovação em seu negócio, é a falta de planejamento que limita seu pensamento. Escutamos diariamente o jargão popular “Na crise que se cresce”, mas creio que esta afirmação falta um complemento e o jargão deveria ser o seguinte “Na crise que se cresce quem não é medroso”.

 

Mas e a afinal o que temos a ver com isso?

Os conceitos e conhecimentos de Engenharia de Produção, poderam ajudar as empresas com diferentes técnicas e ferramentas e com isso leva-las ao caminho do sucesso, pois prega fidedignamente que uma empresa que não inova é uma empresa fadada ao fracasso, sendo assim busca promover melhorias no processo produtivo das empresas para que possam gerar maior produção de riquezas e aumento do PIB do país, contribuindo para uma melhor distribuição de renda para a população.  Uma das intervenções mais básicas é elencar a função de Planejamento, Programação e Controle da Produção e dos Materiais - PPCPM como uma função de suma importância para qualificar os processos industriais como um todo e possibilitar que a empresa consiga competir em nível de igualdade e alguma vantagem competitiva sobre os seus concorrentes através de inovações em produtos ou processos. 

A ineficiência do PPCPM configura-se um problema real, que tem especial relevância em empresas que trabalham com o modelo de produção conhecido como engenharia contra pedido (engineering-to-order). Isto ocorre, principalmente, em relação à problemática em torno da não-existência de dados históricos e dados confiáveis de produção, pois, em muitas situações, os tempos de fabricação são estimados e não condizem com a realidade do que ocorre no chão-de-fábrica. Dessa forma, as informações não são acuradas e os prazos de entrega e os custos dos produtos ficam prejudicados. A busca pela melhoria nos processos do PPCPM pode ser auxiliada com a utilização das ferramentas do Sistema Toyota de Produção (STP).  

Dentre as atividades desempenhadas nas organizações, o Planejamento, Programação e Controle de Produção e dos Materiais – PPCPM é uma das atividades mais complexas. Essa complexidade é ocasionada por fatores internos e externos que podem interferir no PPCPM, sendo que a identificação das interferências em tempo hábil possibilita que o PPCPM sincronize a empresa (pedidos-produção-entrega), mas, no outro extremo, podem ocorrer eventuais anomalias no sistema de produção causadas pela inoperância de um PPCPM ineficiente, a função primordial do PPCPM é responder as quatro perguntas básicas - Figura 01.

 

Figura 01: Funções do PPCPM

O PPCPM é de suma relevância para o fator produtividade e lucratividade da empresa, uma vez que, quanto melhor for o Planejamento, Programação e Controle de Produção e dos Materiais, a empresa terá uma probabilidade bem maior de aumentar a sua produtividade com os mesmos recursos e se não existir demanda para tal produtividade poderá também reduzir seus turnos de produção pelo fato que aumentou a sua produtividade de tal forma que não é necessária a produção em 01 turno por exemplo, ou seja independente se a demanda estiver alta ou baixa o PPCPM deverá trabalhar sincronizado e para isso deverá ter dados confiáveis e esta confiabilidade só é garantida com a utilização de uma ferramenta de controle da produção de forma automática.

A partir da ação do PCPPM, na elaboração de planos de planejamento e programação de produção e materiais, a responsabilidade pela execução dos planos passa a ser da fábrica, que tem a função de executar a produção no ritmo cadenciado pelo PPCPM. A idéia perseguida é buscar uma sincronia entre as atividades de modo que a fábrica receba-as e consiga executá-las sem dificuldades. A Figura 02 traz as informações necessárias que a fábrica precisa receber.

Figura 02: Funções básicas da Fábrica

 

Desse modo, tem-se, de um lado, o PPCPM que tenta organizar a produção de forma a indicar onde, como, quando e o que produzir, e, de outro lado, a fábrica que tem a função de executar o planejamento da programação elaborado pelo PPCPM. Ressaltando-se que, neste caso, o que monitora se o planejamento da programação está sendo executado é o indicador de aderência da programação.

Esse monitoramento dos indicadores é facilitado por sistemas de controle no chão-de-fábrica conhecidos como sistemas MES – Manufactory Execution System.

De acordo com a Manufacturing Enterprise Solutions Association (MESA), o MES – Sistemas de Execução da Manufatura (Manufacturing Execution Systems) visa a prover soluções adequadas de coleta automática de dados e integração entre sistemas de chão de fábrica e sistemas corporativos, buscando melhorar o fluxo de informações com foco na gestão do atendimento ao cliente. A MESA é uma associação que reúne os fabricantes de software e hardware para soluções MES.

Ainda, segundo a MESA, a função de uma solução MES é supervisionar e gravar resultados das atividades dos recursos e dos fluxos de produção. Assim sendo, ele dá uma visão geral da planta em termos de estado e operações de processos, materiais, recursos humanos, máquinas e ferramentas, em geral. Desse modo, há informação para a gestão e tudo o que está acontecendo e o que deveria acontecer é capturado pelo MES, de modo que a eficiência completa da planta pode ser orientada e avaliada continuamente, fazendo-o, praticamente, em tempo real.

De um modo geral, a indústria brasileira de transformação não tem a característica de atingir diretamente o chão-de-fábrica com sistemas específicos de informação para a manufatura.

Na verdade, o que se constata é a falta de informações para o suporte da tomada de decisões na manufatura nas fábricas. Sabe-se que estas informações existem, mas estão espalhadas, pelos mais diversos tipos de sistemas adquiridos pelo negócio. Muitas vezes, as informações são tão detalhadas que, tecnicamente, não existem pessoas habilitadas em quantidade suficiente para a sua efetiva interpretação e a posterior utilização para a tomada de decisão.

Sendo assim, é fundamental que qualquer que seja a solução integrada ou desenvolvida, deve-se considerar a premissa que a inteligência da solução deve estar no método de gestão da produção e não no método de tecnologia da informação, que representará apenas o meio necessário para chegar aos objetivos estabelecidos. No que se refere ao uso de soluções MES, considera-se um bom exemplo as grandes montadoras automobilísticas, que criam áreas específicas de engenharia de manufatura, tendo como uma das atribuições garantir que o chão de fábrica seja suprido de informações confiáveis para a tomada de decisões.

Contudo, informações confiáveis em empresas que operam fundamentalmente com o modelo de produção do tipo engenharia contra pedido (engineering-to-order) costumam não ter uma confiabilidade elevada nos dados de produção, visto que, entre a produção propriamente dita e o sistema corporativo, existem consideráveis lacunas de informações. Estas lacunas devem-se basicamente ao nível elevado de complexidade inerente ao processo em si e interfere no planejamento das empresas, tendo em vista que as informações, muitas vezes, não são suficientes para uma correta tomada de decisão e planejamento da produção.

Assim sendo, é de suma importância para as empresas, independente se sua capacidade de produção é menor ou maior que a demanda é de entender: Como melhorar a Função Controle da Produção e dos Materiais em empresas através da aplicação de um método de avaliação de melhorias na função Controle de Produção e dos Materiais?

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