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Principais Diferenças entre Redes Sociais no Japão e na China

Explorando o Marketing Digital na Ásia: Diferenças Entre China e Japão

Nossa jornada pela Ásia nos trouxe muitos aprendizados sobre digitalização e transformação de negócios, no texto de hoje falaremos especialmente no uso das redes sociais e métodos de pagamento.

China e Japão, apesar de serem potências tecnológicas, operam de formas muito distintas quando se trata de digitalização e comportamento de consumo. Essas diferenças impactam diretamente as estratégias de marketing digital e a forma como as empresas estrangeiras podem se posicionar nesses mercados.

O Universo das Redes Sociais: China vs. Japão

Na China, o ecossistema digital é completamente fechado para plataformas ocidentais. Facebook, Instagram, Google e WhatsApp são inacessíveis sem uma VPN. No lugar dessas plataformas, o país possui seu próprio universo digital, dominado por WeChat, Douyin (versão chinesa do TikTok) e Xiaohongshu (Little Red Book). O WeChat, por exemplo, não é apenas uma rede social, mas uma plataforma multifuncional que integra pagamentos, e-commerce, atendimento ao cliente e até mesmo serviços governamentais.

Já no Japão, o cenário é completamente diferente. Plataformas ocidentais como Facebook, Instagram, Twitter (X) e YouTube são amplamente utilizadas e continuam sendo os principais canais para comunicação e marketing digital. O Line, um aplicativo de mensagens similar ao WhatsApp, é a rede social mais popular no país e desempenha um papel fundamental nas interações entre empresas e consumidores.

Para empresas que querem se posicionar na China, é essencial entender o funcionamento dessas plataformas locais. O marketing digital chinês é altamente dinâmico e interativo, com forte uso de vídeos curtos, transmissões ao vivo e comércio social. Já no Japão, as campanhas tendem a ser mais conservadoras, priorizando qualidade e confiança ao longo do tempo, com uma abordagem menos agressiva e mais baseada em reputação.

A Experiência de Pagamento na China: O Domínio do AliPay e WeChat Pay

Outro grande choque ao visitar a China foi a dificuldade de utilizar cartões de crédito. Enquanto no Japão cartões de crédito, dinheiro e até mesmo Apple Pay e Google Pay são amplamente aceitos, na China quase todas as transações são feitas digitalmente via AliPay e WeChat Pay. Mesmo grandes redes de hotéis e restaurantes muitas vezes não aceitam cartões internacionais, tornando essencial a criação de uma conta em uma dessas plataformas para facilitar pagamentos locais.

Isso pode ser um desafio para estrangeiros, já que abrir uma conta no AliPay ou WeChat Pay pode exigir um banco chinês ou outros requisitos burocráticos. No entanto, algumas soluções alternativas, como recargas de saldo via serviços internacionais, têm ajudado turistas e empresários a contornarem essa barreira.

Negócios na China: Criatividade e Agilidade

Apesar dessas dificuldades, os chineses são extremamente criativos quando se trata de realizar negócios. Durante minha estadia, vi várias situações em que, mesmo sem acesso a métodos de pagamento convencionais, transações eram feitas de maneira engenhosa. Desde transferências de saldo entre contatos até a utilização de intermediários, sempre há uma solução para fechar um negócio. A rapidez e flexibilidade são marcas registradas do empreendedorismo chinês, algo que diferencia fortemente do estilo japonês, onde os processos são mais formais e estruturados.

Conclusão

A experiência na Ásia mostrou como as diferenças culturais e tecnológicas impactam diretamente a forma de fazer negócios. Para empresas que desejam expandir para esses mercados, é essencial adaptar-se às plataformas locais e entender os hábitos de consumo digital de cada país. Enquanto o Japão oferece um ambiente digital mais familiar para empresas ocidentais, a China exige um mergulho completo em seu ecossistema próprio. No entanto, quem se adapta às particularidades do mercado chinês pode aproveitar um cenário de oportunidades e inovação constante.

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